Chegou o frio e a chuva e está a tornar-se cada vez mais difícil sair à rua para escrever. Não tenho tido grandes hipóteses, a chuva impede-me de ir caminhar para a rua, e o frio fomenta a preguiça. Já para não falar de que, mesmo estando bom tempo na altura em que saio para a rua, não imaginam o quão drasticamente o tempo muda em meia hora, saio de casa com um sol radioso ou uma noite estrelada, e volto para casa todo molhado. Com isto tudo já pensei em quebrar uma das duas regras que ainda se mantêm neste blog, a de só escrever em sítios públicos, mas para já ainda me vou aguentando. O tema de hoje é: pessoas que eu conheço de algum lado mas não sei de onde. Já é a segunda vez que isto me acontece, eu conhecer a pessoa mas por mais que tente lembrar-me de onde é que a conheço não consigo. Não é nada mais que natural, vivendo numa cidade pequena como Cantanhede, frequentando os mesmos sítios, há algumas caras que aprendemos a reconhecer, mesmo que nunca tenhamos sido formalmente apresentados. O problema é que, tirando essas pessoas dos locais onde normalmente as vemos, tirando-as do seu próprio contexto, ficamos desnorteados, a cara é familiar mas sem o respectivo contexto não podemos fazer mais nada com essa informação. E às vezes não é só o local onde as vemos que nos permite reconhecê-las, por exemplo as empregadas do restaurante onde eu vou almoçar ficam quase irreconhecíveis depois de despirem o uniforme e soltarem o cabelo. O meu primeiro caso foi uma nova caixa do supermercado que me reconheceu e me disse olá. Raios me partam, eu conhecia a rapariga, mas de onde? Percorri mentalmente todos os sítios que costumo frequentar, e cheguei a pensar que ela fazia parte do grupo de pessoas que fizeram o crisma comigo. Só depois de ver a foto de grupo do crisma e constatar que ela não estava lá, comecei a pensar noutras hipóteses e então lembrei-me que ela tinha trabalhado na pizzaria do qual sou frequentador mais ou menos assíduo. Quanto ao meu segundo caso, bem, não há muito a dizer, reconheci-a no ioga, e acho até que ela me reconheceu também, mas, apesar de ter várias hipóteses, ainda não consegui descobrir de onde é que a conheço. Neste caso, não vejo outra hipótese senão perguntar-lhe directamente...
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