20 de novembro de 2010

Sáb 13:32 - 14:02

Ontem fiz uma coisa. Acho que perdi a cabeça, as memórias estão meio enevoadas porque ainda não consegui descobrir como aquilo aconteceu. Ontem estive num bar com um grupo de pessoas, bebi uns copos, dancei um bocado, cheguei a casa às quatro da manhã, meti-me no Facebook e convidei uma rapariga para sair. E mesmo agora que leio o que acabei de escrever só me apetece perguntar-me a mim mesmo, are you out of your mind? É a primeira vez que faço isto, convidar uma rapariga para sair, sem sequer a conhecer muito bem, sem estar obcecado por ela e sufocado pela minha obsessão. A minha pseudo-Asperger ainda não me permitiu que o fizesse directamente no bar, teve de ser pelo Facebook, suponho que a abordagem directa esteja num nível mais avançado. Bem, e agora que está feito, estou oficialmente aterrorizado. Passam pela minha cabeça as milhentas coisas que podem acontecer a seguir, e o que me mete mais medo não é a possibilidade de ela responder que não, porque nesse caso volto para o meu mundinho, onde sei onde está cada coisa, e porque é suposto que eu falhe muitas vezes antes de conseguir acertar. Não, o meu medo é se ela diz que sim, oh meu deus, se ela diz que sim o que é que eu faço? O que acontece a seguir é uma incógnita, não o consigo prever, não o consigo antecipar. É o medo do desconhecido que dá cabo de mim. Pode até chegar a destruir aquilo que eu sou neste momento. Se o João das relações entrar por aquela porta, ele matará o João independente. Os mundos colidem! O pior é que ainda por cima acho que até tenho boas hipóteses. O ambiente no bar estava muito bom, a mensagem era simples, gira e straight to the point... mas nestas coisas de mensagens escritas também acho sempre que sou melhor do aquilo que sou. Afinal, as estatísticas estão aqui para me derrotar, tens de tentar várias vezes, tens de falhar várias vezes antes de conseguires acertar. Quer dizer, ninguém consegue uma coisas destas na primeira vez em que tenta, certo? Certo? Bem, resta-me dizer que a desvantagem de usar o Facebook para este tipo de coisas é a espera. Quer dizer, sabe-se lá quando ela vai ver a mensagem, sabe-se lá se vai responder sequer, enfim, alea jacta est, vini, vidi e espero que vici, e ave cesar morituri te salutant.

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