15 de outubro de 2011

Sáb. 15.38 - 16:08


Não sei se isto hoje vai resultar. Da última vez que tentei não resultou, acabei por escrever um artigo do blog oficial. De qualquer forma tenta-se outra vez, alguma vez há-de dar. Point in question: estou no café, mas desta vez larguei o moleskine do costume em favor do meu novo MacBook. Para já não é bem a mesma coisa. A Internet que vem-me parar ao computador vinda sabe-se lá de onde é uma distracção. Por outro lado, a janelazinha do Twitter aqui ao lado talvez sirva de inspiração... ou serviria se a Internet não se tivesse desligado e a janela esteja sem actualizações. O tema de hoje é: coisas que para se conseguirem é necessário que não se pense nelas. O exemplo mas óbvio é o amor, que tenho andado a dizer repetidamente há bastantes anos que é como um miúdo que joga connosco às escondidas: enquanto continuarmos à procura dele ele permanecerá escondido, mas se o ignorarmos mais tarde ele próprio virá ter connosco. Mas atrevo-me a estender isso a tudo o que é interacção social. O tema é um corolário de uma lei que poderia vir do próprio Murphy: quanto mais te esforçares para que um evento social te corra bem, mais mal ele te correrá. O corolário é que se tens um objectivo social qualquer para cumprir, o melhor que podes fazer é esforçares-te ao máximo por ignorar por completo esse objectivo. Assim as tuas acções parecerão naturais e não forçadas, e as pessoas gostarão mais de ti por mostrares quem tu és, em vez de tentares desesperadamente fingir ser outra pessoa qualquer. Será então mais fácil cumprir o teu objectivo, seja ele qual for. Faz sentido para vocês? Faz? A sério??? Então talvez me possam explicar qual é a diferença entre isso e não ter objectivo nenhum. Afinal nós queremos aquela coisa. Tipo, queremos mesmo aquela coisa. Vamos continuar a agir como se não a quiséssemos, para que ela nos seja dada? Quer dizer então que ela ser-nos-ia dada mesmo se não a quiséssemos no início? Dizem que tenho a minha mente muito formatada em termos lógicos, por isso é natural que não perceba como isso funciona. É como se a melhor forma de arranjar um emprego fosse ir a uma entrevista e falar do tempo, do golo anulado do Benfica e do dinheiro que os nossos políticos nos andam supostamente a roubar.

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